quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Programa Cultura Reggae ,Faz Homenagém a Peter Tosh

1-BEBEL CHAVES E ENILSON NONATO
2-ENILSON NONATO E BEBEL CHAVES

3-ENILSON NONATO ,FABIO ROOTS E BEBEL CHAVES




4-BEBEL CHAVES -APRESENTADORA DO CULTURA REGGAE



5-BEBEL CHAVES,ENILSON NONATO E PATRICIA BAIA-PRODUTORA DO CULTURA REGGAE



O Programa Cultura Reggae da Rádio Cultura FM 93,7 ,fez homenagéns ao mestre Peter Tosh,pelos 22 anos de sua morte,no último dia 19 de setembro de 2009, no quadro "dj na pista," qual, foi apresentado pelo DJ Enilson Nonato ,que também é colaborador do programa. Na sequénca Enilson tocou o começo com os The Wailers” até ,sua passagém pelo Rolling Stones e sua carreira solo.

Conheça a sequencia:
1-Stop That Train 11 - African
2--400 Years 12 -Peter Tosh -Ao vivo no Brasil
3-. LEGALIZE IT 13-Peter Tohs - Feel Nowai
4- - Equal Rights 14-Peter Tosh - Bush doctor
5--Peter Tosh and Mick Jagger - Walk And Dont Look Back
6-Peter Tosh Mystic Man 15-Peter Tosh - Pick myself up
7. WHATCHA GONNA DO 16. KETCHY
8- Peter Tosh - Johnny B_ Goode
9- -Peter Tosh - No Nuclear War
10-Peter Tosh - Mama Africa


Por: Hanna Abreu

terça-feira, 22 de setembro de 2009

HISTÓRICO DE AÇÕES












Um pouco da história da Associação cultural dos movimentos reggae do Pará,algumas ações no inicio dos anos 90...



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A VOLTA DO COISA DE NEGRO




Foto 1:Djs do Projeto reggae é cultura -Daniel,Enilson,Curi e Serginho .
Foto2:Massa Regueira.
Foto3:Em Reforma.
O Espaço cultural Coisas de Negro começou com um pequeno comercio que vendia frutas, hoje com 16 anos de existência se tornou um grande ponto de referencia da Cultura Negra Paraense.

Ao longo desse tempo vários grupos musicais como Cristal Reggae, Mundé e Curimbó de Bolso surgiram nesse espaço cultural localizado na AV. Lopo de Castro nº. 1081 – entre 5° e 6° Rua em Icoaraci.

Segundo Mestre Ray idealizador do Coisa de Negro “o Carimbó hoje é mais evidente as pessoas já estão aceitando muito mais, aquele coisa de dizer que o nosso ritmo é coisa de velho já acabou, aqui as rodas de carimbó acontece há sete anos, aos domingos, espalhando a nossa musica que é mais populares expressões da cultura paraense para toda Cidade de Belém do PA.”.

Entre os vários projetos que Coisas de Negro desenvolvem estão Confecção de instrumentos de percussão ministrada pelo próprio mestre Ray também vocalista do grupo Mundé e todo processo de confecção de Bonecos projeto que esta chegando agora nas escolas como Alfredo Chaves.

Atualmente a Associação dos movimentos Reggae (AMOR) esta promovendo todos os Sábado, o projeto REGGAE É CULTURA com os DJs do núcleo comunitário Sintonia do Reggae.
DJs Serginho, Enilson, Daniel e Curi Pedra.

PROGRAMAÇÃO:

REINAUGURAÇÃO DA 1° PARTE DO ESPAÇO CULTURAL COISA DE NEGRO
E A VOLTA DO PROJETO REGGAE É CULTURA.

DIA 03 DE OUTUBRO(SÁBADO)
INICIO AS 21HS
INGRESSOS:3,00

LOCAL:COISA DE NEGRO – TV LOPO DE CASTRO – ENTRE 5° E 6° RUA- ICOARACI – BELÉM-PA


VENHAR CURTIR A UMA SUPER NOITE DE REGGAE, COM MUITO ROOTS,RECORDAÇÃO E NACIONAL.
NA SEGUENCIA DAS PEDRAS:
DJS:ENILSON NONATO,DANIEL MORES,CURI PEDRA E SERGINHO MORAES
PARTICIPAÇÃO VP ROOTS E DJS DA RÁDIO JAH BLESS.

REALIZAÇÃO : AMOR

APOIO:CULTURA REGGAE,REGGAE VIBRATION ,RADIO JAH BLESS ,REGGAE CULTURE


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POR:ENILSON NONATO

10 ANOS DO REGGAE VIBRATION




Foi muito massa a festa dos 10 anos do Programa reggae vibration (Rauland FM 95,5)no dia 12 de Setembro no African Bar ,que contou com a presença da Radiola FM Natty Naifson direto do Maranhão e mas Dj Alex Roots , só no vinil e o próprio Natty Naifson na sequencia das atualidades,para o Publíco Maranhense. Na Boate Refrigerada contou com as Bandas YAMANJAH E BRIS ZABOA,MAS QUE MANDOU VER, FOI OS DJS DO PROJETO REGGAE É CULTURA,ENILSON NONATO ,CURI PÉDRA E VITOR PEDRA,mandando o verdadeiro roots reggae e muita recordação para massa, que lotou o ambiénte...Parabéns Reggae Vibration ,vida longa...




Por: Enilson Nonato

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GREGORY ISAACS NA AMERICA DO SUL


Comemorar 40 anos de uma carreira de sucesso pelos 7 continentes não é para qualquer um, e Gregory Isaacs, um dos maiores nomes do Reggae Jamaicano de todos os tempos mostra porque é amado por todos os cantos do mundo em cada uma de suas apresentações.

Gregory nasceu em Kingston, capital da Jamaica no início dos anos 50 e enfrentou uma vida muito difícil desde o início, acumulando uma série de profissões. Sempre atento à música, dom esse que lhe foi revelado mais tarde, o "Calmo Soberano' como é chamado na Jamaica começou sua carreira em 1968 com o single "Another Heartache". Deste então, Gregory Isaacs vem conquistando cada vez mais o coração das pessoas com o seu INCOMPARÁVEL número de hits como "Tune in", "Soon Forward", "Slave Master" e "Night Nurse", regravada inclusive pelo grupo Simply Red.

Até o presente, Gregory é um dos artistas que mais possui músicas de sucesso gravadas no mundo, tendo como marca registrada as suas belíssimas canções de amor, que são cantadas com todo sentimento e originalidade. Na sua Turnê pela América do Sul em 2009 estará sendo lançando o seu novo álbum - "A Brand New Me" (Um novo eu), que certamente terá faixas inclusas no seu repertório de sucessos.

O artista continua sendo o recordista de público do Reggae Jamaicano no Brasil após ter atraído multidões de 20 a 30 mil pessoas, como foi na Gravação do seu DVD em 2004 no país. A Intershows.net estará trazendo essa fera à América do Sul e datas estão disponíveis a partir da primeira semana de novembro, portanto não perca tempo e agende já a sua!

PARA CONTRATAR

INTERSHOWS.NET
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Clique aqui e assista o vídeo de "Night Nurse" (Ao Vivo no Lendário Reggae Sunsplash).

Clique aqui e escute a belíssima "Hot Stepper".

Clique aqui e baixe o novo hit "Come take my Hand".

Clique aqui e assista o vídeo do sucesso "House of the Rising Sun".

Clique aqui e assista a participação de Gregory no maior filme sobre reggae da história - "Rockers" com a faixa "Slave Master".

Por:ENILSON NONATO

domingo, 6 de setembro de 2009

O RASTAFARIANSMO


O Rastafarianismo nasceu nos anos 30, na Jamaica. As suas raízes são o pensamento de Marcus Garvey e as palavras de Haile Selassie I. Segundo consta, num domingo em 26, Garvey, durante a missa terá dito: "Olhem para Leste, para África, onde um negro será coroado Rei." E assim foi, a 2 de Novembro de 1930, Ras Tafari Makonnen, foi coroado Rei, alegando descendência do Rei Salomão de Jerusalém e da Rainha Makeda de heba. Adoptou o nome de Haile Selassie I ("o poder da divina trindade") e foi designado 225º Imperador da dinastia Salomônica, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhores dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá.

Na Jamaica, os escravos negros assistiam à realização da profecia bíblica e o regresso de Deus à Terra, como homem vivo. Era o início da redenção e da libertação.
A Fé Rastafariana pode ser interpretada de várias formas e quase todos os Rastas têm as suas próprias idéias pessoais acerca das coisas. RasTafari é uma forma de vida (e não uma religião), com muitas ligações à fé judaica e cristã. Os Rastas acreditam que Jah (Deus) se mostra sob

forma humana de tempos a tempos. Marcus Garvey, na década de 1920, profetizou que Jah apareceria como um Rei negro de África. Este rei, segundo os Rastas é Sua Majestade Imperial, o Imperador Haile Selassie I, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Os Rastafarianos levantam a voz contra a opressão, pobreza e desigualdade... não apenas idéias religiosas mas problemas globais.
O movimento, já espalhado pelo mundo, é considerado um movimento apocalíptico, que acredita que o Novo Reino está prestes a chegar. Este Reino trará a redenção da humanidade e de África, Sião (a terra sagrada). O redentor e pai é Haile Selassie I.

Os Rastas libertaram a Bíblia, tornando-a numa realidade viva para os povos do mundo, com a sua interpretação dela. O caminho e a missão Rasta não pode parar nem ser sabotado. Como diz na Bíblia, eles foram e serão odiados pelos homens, acusados falsamente, objetos de escândalos e perseguidos por serem Rastafari, mas o seu destino é ser a pedra angular, as fundações
''Enquanto a cor da pele dos homens for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra''
(Bob Marley)
Por:Enilson Nonato

JAH


Jah ou Yah (hebraico יָהּ) é uma forma poética abreviada do Tetragrama YHVH (יהוה), o nome atribuído a Deus. Esta forma abreviada é representada pela primeira metade do tetragrama, isto é, as letras yohdh (י) e he’ (ה), respectivamente a décima e a quinta letra do alfabeto hebraico.
Nas Escrituras Hebraicas, Jah ocorre 50 vezes, 26 vezes sozinho, e 24 vezes na expressão “Aleluia” ou “Hallelujah‎”, a qual é literalmente uma ordem: “Louvai a Jah” , ou "Louvem! Adorem! (הַלְּלוּ
Uso do termo Jah
A ocorrência de Jah ou Yah no original, é atualmente desconsiderada em certas versões da Bíblia, mas usadas em outras. Segue-se alguns exemplos:
Em português, a versão Almeida Revista e Corrigida [1] e a versão do Pontifício Instituto Bíblico respectivamente, têm JÁ e Jah apenas uma vez. (Salmo 68:4 [5])
Na língua inglesa, na Versão Revisada Inglesa (English Revised Vkersion) [2] ocorre duas vezes no corpo do texto (Sal 68:4; 89:8), e a Versão Padrão Americana (American Standard Version) [3] substitui a palavra em todo lugar pela forma integral, “Jehovah” (Jeová); mas, estas duas últimas versões, em praticamente todas as ocorrências da forma contrata, trazem-na à atenção nas notas de rodapé.
A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas[4] preserva todas as 50 ocorrências de Jah; e, em inglês, a Bíblia Enfatizada de Rotherham (Rotherham's Emphasised Bible) [5], 49 vezes.
Nas Escrituras Gregas Cristãs, Jah aparece quatro vezes na expressão Aleluia. A maioria das versões bíblicas emprega o equivalente da expressão grega sem traduzir, mas a versão, em inglês, de G. W. Wade [6] a traduz: “Louvai a Jeová(Praise Jehovah)”, e a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas reza: “Louvai a Jah!”
A única sílaba, Jah, está usualmente ligada com as emoções mais comoventes de louvor e de cântico, de oração e de súplica, e, em geral, é encontrada nos casos em que o tema do assunto se refere ao regozijo resultante da vitória e da libertação, ou nos casos em que há o reconhecimento da poderosa mão e do poderio de Deus.
A frase: “Louvai a Jah!” (Aleluia!) aparece nos Salmos como doxologia, isto é, como expressão de louvor a Deus, ocorrendo a primeira vez no Salmo 104:35. Em outros salmos, pode aparecer apenas no início (Sal 111, 112), ocasionalmente numa parte do salmo ( 135:3), às vezes apenas no fim (Sal 104, 105, 115-117), porém, freqüentemente, tanto no início como no fim (Sal 106, 113, 135, 146-150). No livro de Revelação (Apocalipse), personagens celestiais repetidas vezes enfatizam seu louvor a YHVH com esta expressão. — Apocalipse 19:1-6.
Os casos restantes em que “Jah” aparece também refletem a exaltação em cânticos e em petições a JHVH. Há o cântico de libertação entoado por Moisés. (Êxodo 15:2) Nas referências encontradas no livro bíblico de Isaías, percebe-se ênfase dupla ao combinar os dois nomes: “Jah Jeová (Jah Jehovah).” [7](Isaías 12:2; 26:4)
O nome de Deus estava também incorporado em muitos nomes pessoais em hebraico. Assim, lemos sobre Adonias “Yah é meu Senhor”, O nome Elias: "Meu Deus é Jah", na transliteração de Elijah. ou Miquéias “Quem é semelhante a Jah?” , são apenas alguns exemplos. - Estudo Perspicaz das Escrituras[8], explanação: it-2 470-1 Jah Jeová: ip-1 169-70.
Outro uso do termo
Jah também é o nome usado para deus no movimento religioso rastafári ("rasta"). Esse nome veio do hebraico יָהּ = Yah [Jah].
Os adeptos do movimento rastafári consideram ter sido Hailê Selassiê I, da Etiópia, o símbolo religioso da encarnação de Jah. Referem-se a ele pelo título de Jah Rastafari. Alguns consideram ter sido ele a própria personificação de Jah, mas esta é apenas uma interpretação ou metáfora na crença Rasta. Todos e cada um dos adeptos do rastafári é encorajado a buscar a verdade por si próprio e nenhum dogma central é imposto.

Por:Enlson Nonato

HAILÉ SELASSIÉ


Haile Selassie (também grafado Hailé Selassié (português europeu) ou Hailê Selassiê (português brasileiro); em ge'ez: ኃይለ፡ ሥላሴ, "Poder da Trindade"[1]; Ejersa Goro, 23 de julho de 1892 – Adis Abeba. 27 de agosto de 1975), nascido Tafari Makonnen e posteriormente conhecido como Ras Tafari, foi regente da Etiópia de 1916 a 1930 e imperador daquele país de 1930 e 1974. Herdeiro duma dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até o Rei Salomão e a Rainha de Sabá, Haile Selassie é uma figura crucial na história da Etiópia e da África.[2][3]
É considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 600.000 seguidores atualmente.[4] Os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari and Jah Rastafari.
Durante o seu governo, a repressão a diversas rebeliões entre as raças que compõem a Etiópia, além daquele que é considerado como o fracasso do país em se modernizar adequadamente,[5] lhe rendeu críticas de muitos contemporâneos e historiadores.[6]
Seu protesto na Liga de Nações, em 1936, contra o uso de armas químicas contra o seu povo foi não só um prenúncio do conflito mundial que se seguiria, mas também representou o advento do que se chamou de "refinamento tecnológico da barbárie",[7] característica que veio a marcar as guerras do período.
Selassie era um orador talentoso, e alguns de seus discursos foram considerados entre os mais memoráveis do século XX.[7] Suas visões internacionalistas levaram a Etiópia a se tornar membro oficial das Nações Unidas, e sua experiência e pensamento político ao promover o multilateralismo e a segurança coletiva provaram-se relevantes até os dias de hoje.[8]
Origens e ascensão
Nascido Tafari Makonnen, casou-se em 1911 com Wayzaro Menen, filha do imperador Menelik II, assim tornando-se príncipe, ou Ras, em amárico. Tafari significa, por sua vez, indomável. O neto de Menelik II, Lij Iyasu (Iyasu V), tornou-se imperador em 1913, mas foi deposto por uma assembléia de nobres, em conjunto com a Igreja Ortodoxa Etíope, por suspeita de ter se convertido ao islamismo. Assumiu Zewditu, também filha de Menelik II, que morreria em 1930. Mesmo antes da morte de Zewditu, Ras Tafari já havia assumido a regência da Etiópia (em 1917), e foi investido como rei (negus) em 1928. Finalmente, em 2 de abril de 1930, a imperatriz morreu, e em 2 de novembro do mesmo ano Ras Tafari tornou-se o 225º imperador na dinastia que remontava, segunda a crença, ao Rei Salomão e a Rainha de Sabá. Novamente muda de nome, para Haile Selassie (que significa O Poder da Divina Trinidade) ou, na forma completa, Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá
O primeiro império
Iniciou então um governo que buscava modernizar a Etiópia, seguindo as linhas gerais traçadas por Menelik II: principalmente trazer tecnologia para a Etiópia e inserir o país no contexto da comunidade das nações. Seu discurso na Liga das Nações, em junho de 1936, sobre a guerra em geral e sobre a invasão da Etiópia pela Itália (1935), é considerado um dos mais belos e coerentes pronunciados por um líder político (o país havia sido admitido na Liga das Nações em 1923, logo após abolir a escravatura). Selassie também deu a Etiópia a primeira constituição de sua história, em 1931.
Exílio
A invasão da Etiópia pela Itália em 1935 foi uma traição dos acordos celebrados entres esses países no ano de 1928. Também a Liga das Nações não fez sua parte, numa atitude muito semelhante àquela adotada pela Inglaterra e pela França em face a invasão alemã na Tchecoslováquia — com a diferença de que o país invadido não pertencia à Europa, e sim à esquecida África. Benito Mussolini recebeu uma condenação formal da liga, mas foi encorajado pela falta de atitudes desta para com seu ato injustificável. A invasão deflagrou a Segunda Guerra Ítalo-Etíope. Em 1936 Selassie se viu obrigado a se retirar para o exílio na Inglaterra, deixando o posto de imperador.
O golpe militar
O país enfrentou anos difíceis no início da década de 1970. A grande fome de 1972–1973 agravou a contestação ao governo imperial, somando-se aos problemas políticos e à corrupção.
Em 12 de janeiro de 1974 registrou-se uma rebelião militar contra Selassie. Em junho, um grupo de cerca de 120 comandantes militares, formalmente fiéis ao imperador, formou um comitê para exercer o governo. Em 27 de setembro Selassie foi deposto por um golpe militar de inspiração marxista, que instituiu um Conselho Provisório de Administração Militar. Preso pelo novo governo, Selassié veio a falecer em 27 de agosto de 1975, oficialmente por complicações decorrentes de uma operação da próstata. Essa versão é contestada por seus apoiadores e familiares, que entendem que o ex-imperador foi assassinado em sua cama[carece de fontes?].
Em 1991, após a queda de Mengistu Haile Mariam, foi revelado que os restos mortais de Selassié tinham sido conservados no porão do palácio presidencial. Finalmente, em 5 de novembro de 2000, receberam um funeral da Igreja Ortodoxa Etíope digno, sendo sepultados. A família do cantor Bob Marley esteve presente na cerimônia.
Legado
É reconhecida a influência que Haile Selassie teve sobre o movimento negro, em especial em lideranças do movimento negro, como Martin Luther King e Nelson Mandela. Além disso, Selassie é encarado como um messias por parte de uma religão de origem jamaicana, o Rastafári, que crê que Haile Selassie vive, conduzirá os negros de volta à África, e é Deus Vivo.
Discurso de Selassie na Liga Das Nações em 1936
Texto esse que serviu de inspiração para a música “War” que se tornou um dos maiores clássicos de Bob Marley.
"Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa não for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Angola, Moçambique e na África do Sul não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os Africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o continente Africano não conhecerá a Paz. Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal".
No Brasil
Na visita de Haile Selassie ao Brasil estourou um golpe de Estado em Adis Abeba; o embaixador Edmundo Barbosa da Silva, secretário-geral do Itamaraty, foi encarregado de transmitir ao imperador a notícia do golpe e levou-o ao aeroporto. Na ocasião, ouviu dele a garantia de que voltaria a seu país e debelaria a insurreição "sem derramar uma gota de sangue". De fato, assim procedeu: mandou executar todos os rebelados na forca.[9]

Por:Enilson Nonato

LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ



Segundo teólogos e alguns historiadores, por volta do século XV a.C. ocorreu o Êxodo dos hebreus do Egipto para a terra de Canaã. A narração do livro do Êxodo descreve esta época, e posiciona a tribo de Judá como a mais numerosa de todas as tribos de Israel (desconsiderando-se a tribo de José, tradicionalmente dividida entre as meia-tribos de Efraim e Manassés).
Em Números 1:26-27 contam-se 74600 integrantes desta tribo, refletindo a sua importância no contexto da congregação israelita no seu princípio. Entretanto, este número pode ter sido mascarado pelo fato do relato bíblico acerca do Êxodo ter sido compilado muito tempo depois, talvez já no período final dos Juízes ou na monarquia unificada, quando Judá já era uma entidade de certa forma destacada do restante das tribos de Israel. De toda forma, apesar da discussão sobre se todas as tribos emigraram do Egito ou se eram populações autóctones da Palestina que, em dado momento, invadiram e povoaram a Palestina, é opinião da maioria que Judá, juntamente com Levi, Efraim, Manassés, Benjamim e Simeão, teriam sido as tribos que vieram do Egito.
A conquista de Canaã foi, aparentemente, constituída de invasões independentes de cada uma das tribos a territórios pré-estabelecidos. A Judá coube uma região ao sul, entre o deserto de Negueve e o Sefelá, o maior dos territórios partilhados. Cidades importantes, como Belém, Hebrom, Arade, Bete-Semes, Laquis e Berseba foram incluídas nos seus domínios. A tribo de Simeão, inicialmente posicionada ao sul de Judá, pode ter sido eventualmente absorvida por esta, visto que sua localização (e sua própria identidade) se torna gradativamente mais incerta ao longo do Velho Testamento, mas há hipóteses de que Simeão tenha sido também absorvida por povos vizinhos, especialmente Moabe.
A partir do livro de Rute, os cronistas bíblicos procuram traçar uma genealogia baseada na cidade de Belém, desde Judá até o rei Davi, fazendo com que as palavras de Jacó sobre Judá se tornassem concretas, e sua dinastia se afirmasse como aquela designada por Deus para governar Israel. Profetas posteriores, especialmente durante a primeira diáspora, prediziam que um rei da linhagem de Davi viria para salvar Judá das mãos de seus inimigos. Mais tarde, no Novo Testamento, os cronistas empenham-se em atribuir a Jesus descendência direta da Casa de Davi, mais uma vez corroborando com a bênção de Jacó, uma vez que Jesus, para toda a cristandade, é rei sobre todos os homens.
No entanto, politicamente, Israel já não se identificava com as demais tribos no período relatado nos livros de Samuel. O profeta Samuel, por volta de 1050 a.C., teria ungido Saul, da tribo de Benjamim, como rei de todo Israel. Surpreendentemente, a soberania de Saul se afirmou em todas as tribos de maneira geral, e ele pôde assim empreender guerras contra os Filisteus a oeste. Mas logo alguns eventos associados ao pecado e à ira de Deus fizeram com que Saul perdesse gradativamente o controle sobre esta guerra, e Davi, de Judá, ungido também por Samuel, tomou o poder.
A separação de Judá e Israel ocorre na própria coroação de David, em Hebrom, como rei de Judá, enquanto Isbosete, filho de Saul, era aclamado rei do restante de Israel. Após um período de guerra civil, Davi venceu os partidários da Casa de Saul e foi aclamado como rei por todas as tribos.
O reinado de Judá sobre as outras tribos durou até o final do reinado de Salomão, filho de Davi, em 931 a.C. Neste período, as diferenças políticas entre Judá e Israel acentuaram-se graças às diferenças no montante de tributos destinados a Judá e Israel. Em um período de grandes obras, como as guerras expansionistas de Davi e a construção do Templo de Jerusalém, a carga de impostos deve ter provocado um profundo descontentamento em Israel. A morte de Salomão significou uma oportunidade para uma revolta contra o governo de Jerusalém, liderada por Jeroboão, que proclamou a independência das 10 tribos do norte (Judá e Benjamim permaneceram unidas. Simeão não era mais particularmente mencionada como uma região geográfica, e é possível que fizesse parte das 10 tribos apenas como membros desta tribo dispersos pelas terras do norte). O território correspondente a Judá e Benjamim, ao sul, permaneceu como um reino à parte, liderado por Roboão, filho de Salomão e seus descendentes. Nascia o Reino de Judá.

Por :Enilson Nonato